quarta-feira, 8 de outubro de 2008

“Filme – Os Incompreendidos”



Resenha
(2264)


Os Incompreendidos (França 1959), é o primeiro filme de François Truffaut, que o dirigiu aos 27 anos e marcou o início da parceria do diretor com o ator Jean Pierre Léaud, na época um garoto de 13 anos, que encarna o personagem Antoine Doinel alter ego de Truffaut e principal personagem de uma série de filmes semi autobiográficos que durou 20 anos. Depois de os Incompreendidos Truffaut dirigiu L’Amour a Vingt Ans,(1962), Baisers Volés(1968), Domicile Conjugale(1970) e L’Amour em Fuite (1979). Mas o primeiro segundo ele, continuou sendo o seu filme favorito.

O filme “Os Incompreendidos” é baseado nas memórias de adolescente de Truffaut, um garoto que se sentia desprezado pela mãe e tolerado pelo pai adotivo.

No filme um dia ao cabular aula o garoto acaba descobrindo que sua mãe tem um amante o que piora ainda mais sua relação familiar. O personagem então vai se metendo em uma série de confusões influenciado por seu amigo de escola e acaba finalmente sendo mandado para um reformatório.
Apesar da triste, a história tem momentos muito engraçados e de extrema beleza ressaltado pela excelente atuação de Jean Pierre Léaud, que tornam este filme inesquecível.

O formato do filme era originalmente um curta -metragem com duração de 20 minutos mas acabou se estendendo e para o formato “Os Incompreendidos” é uma homenagem a André Bazin, crítico de cinema, que tirou Truffaut do reformatório e lhe deu a oportunidade de trabalhar como crítico da importante revista francesa “Les Cahiers du Cinema”. Bazin morreu no primeiro dia de filmagem e Truffaut conseguiu transformar sua tristeza em obra de arte. Vencedor da Palma de Ouro de melhor diretor em Cannes; Melhor Filme Estrangeiro para a Associação de Críticos de Nova Iorque; Indicação ao Oscar de Roteiro Original. Seu elenco conta ainda com a participação especial de Jeanne Moureau, famosa atriz francesa que na época, ainda desconhecida, faz um pequeno papel.

O filme também é um dos primeiros da Nouvelle Vague, movimento artístico do cinema francês que reflete o sentimento contestatório próprio dos anos sessenta que iniciaram o chamado “cinema de autor”e cujos principais diretores foram o próprio Truffaut e Jean Luc Godard.

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