terça-feira, 21 de outubro de 2008

Como foi escrever o artigo

Esta foi sem dúvida a tarefa mais difícil para mim desde que comecei este curso.
O tema sugerido pela professora sobre inclusão me pareceu bastante complexo depois de que li alguns textos emprestados pela Irene. Abordar este tema num artigo de opinião ao meu ver seria superficial e nao me senti capaz de desenvolver este assunto e muito menos em relacionar com o filme “Os Incompreendidos”.
Ainda perdi meu caderno onde tinha minhas anotações de aula o que complicou ainda mais o processo.
Acabei depois de muito quebrar a cabeça optando por escrever sobre evasão escolar.
Mais uma vez um tema complexo e arriscado mas que me pareceu mais coerente com o filme que assisti.

Artigo


A evasão escolar
(2218)

No Filme “Os Incompreendidos” de François Truffaut (1956), o personagem Antoine Doinel, jovem negligenciado pela família, acaba abandonando a escola e se metendo em uma série de confusões que o levam à um reformatório. Na vida real, Truffaut também foi mandado para um reformatório mas acabou sendo salvo por André Bazin, que o emprega como jornalista e crítico de cinema. Graças a Bazin, Truffaut pôde se tornar um renomado diretor de cinema francês.

E quais seriam as chances de isto ocorrer se Truffaut morasse hoje no Brasil?

A evasão escolar é um assunto recorrente ao se falar em educação pública em nosso país. Muitas causas podem ser apontadas para este problema mas a família é um dos fatores determinantes mais importantes ao se tratar deste assunto.

Segundo pesquisa de BRANDÃO et al. (1983), desenvolvida pelo Programa de Estudos Conjuntos de Integração Econômica da América Latina (ECIEL), "o fator mais importante para compreender os determinantes do rendimento escolar é a família do aluno, sendo que, quanto mais elevado o nível da escolaridade da mãe, mais tempo a criança permanece na escola e maior é o seu rendimento”.

No caso do Brasil, existem ainda outros fatores como a desigualdade social que acarreta na obrigação da criança em trabalhar para ajudar no orçamento familiar. Apesar do programa social do governo Lula, o Bolsa-Família, que atende hoje quase um quarto da população do País (45,8 milhões) com objetivo de fazer com que as crianças atendidas completem o ensino fundamental, o problema da evasão escolar está longe de ser superado, tendo até aumentado em alguns Estados atendidos pelo programa. Além dos fatores externos acima mencionados alguns teóricos responsabilizam a escola e o professor como o produtores do fracasso escolar. A escola por não estar preparada para receber o aluno e o professor devido as expectativas negativas que tem ao receber este aluno na chamada “profecia auto realizadora”.

São muitos os obstáculos a serem vencidos pelo aluno de escola pública no Brasil e a evasão escolar continuará a ser um desafio para toda nossa sociedade.

Fontes:
www.anped.org.br/reunioes/25/lucileidedomingosqueirozt13.rtf

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac136993,0.htm

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

“Filme – Os Incompreendidos”



Resenha
(2264)


Os Incompreendidos (França 1959), é o primeiro filme de François Truffaut, que o dirigiu aos 27 anos e marcou o início da parceria do diretor com o ator Jean Pierre Léaud, na época um garoto de 13 anos, que encarna o personagem Antoine Doinel alter ego de Truffaut e principal personagem de uma série de filmes semi autobiográficos que durou 20 anos. Depois de os Incompreendidos Truffaut dirigiu L’Amour a Vingt Ans,(1962), Baisers Volés(1968), Domicile Conjugale(1970) e L’Amour em Fuite (1979). Mas o primeiro segundo ele, continuou sendo o seu filme favorito.

O filme “Os Incompreendidos” é baseado nas memórias de adolescente de Truffaut, um garoto que se sentia desprezado pela mãe e tolerado pelo pai adotivo.

No filme um dia ao cabular aula o garoto acaba descobrindo que sua mãe tem um amante o que piora ainda mais sua relação familiar. O personagem então vai se metendo em uma série de confusões influenciado por seu amigo de escola e acaba finalmente sendo mandado para um reformatório.
Apesar da triste, a história tem momentos muito engraçados e de extrema beleza ressaltado pela excelente atuação de Jean Pierre Léaud, que tornam este filme inesquecível.

O formato do filme era originalmente um curta -metragem com duração de 20 minutos mas acabou se estendendo e para o formato “Os Incompreendidos” é uma homenagem a André Bazin, crítico de cinema, que tirou Truffaut do reformatório e lhe deu a oportunidade de trabalhar como crítico da importante revista francesa “Les Cahiers du Cinema”. Bazin morreu no primeiro dia de filmagem e Truffaut conseguiu transformar sua tristeza em obra de arte. Vencedor da Palma de Ouro de melhor diretor em Cannes; Melhor Filme Estrangeiro para a Associação de Críticos de Nova Iorque; Indicação ao Oscar de Roteiro Original. Seu elenco conta ainda com a participação especial de Jeanne Moureau, famosa atriz francesa que na época, ainda desconhecida, faz um pequeno papel.

O filme também é um dos primeiros da Nouvelle Vague, movimento artístico do cinema francês que reflete o sentimento contestatório próprio dos anos sessenta que iniciaram o chamado “cinema de autor”e cujos principais diretores foram o próprio Truffaut e Jean Luc Godard.